Tem dia que eu paro aqui no meio do salão, aquele cheiro de móvel novo misturado com café passado na hora, e fico só observando. Quarenta anos nas costas, mais da metade deles nesse ramo, e se tem uma coisa que aprendi é que ninguém entra numa loja procurando só um objeto. A pessoa busca uma solução, um alívio, às vezes sem nem saber direito. E o epicentro dessa busca, o item que gera mais dúvida, mais dor de cabeça e, quando bem escolhido, mais gratidão, é sem dúvida a cadeira de escritório BH.
É engraçado. Minha mulher, lá no início, ria de mim. “Você fala dessa cadeira com uma paixão que parece que tá descrevendo um carro de luxo”. E eu respondia: “Uai, sô, mas a gente passa mais tempo sentado nela do que no carro!”. Meus amigos, na época do churrasco, só queriam saber se eu conseguia uma “daquela de diretor” mais barata. Mal sabiam eles que o buraco é bem mais embaixo. Vender uma cadeira de escritório BH não é só tirar um pedido. É quase uma terapia, um trabalho de detetive pra entender a vida do outro.
A gente apanha, mas aprende: Os tombos que levei vendendo cadeira em BH
No começo, confesso, eu errei. Errei feio. A gente é novo, quer bater meta, vê uma cadeira bonita, imponente, daquelas que enchem os olhos, e empurra pro cliente. Lembro de um senhor, dono de uma pequena empresa, que queria impressionar. Leveou a cadeira mais vistosa que eu tinha. Duas semanas depois, ele voltou. Com uma dor nas costas que dava dó de ver. A cadeira era um espetáculo visualmente, mas um desastre ergonômico. Aquele dia eu senti o peso da minha responsabilidade. Meu estômago revirou. Eu não tinha vendido uma solução, tinha vendido um problema. Foi a primeira vez que entendi que o visual é só a casca.
Outro desafio constante é o tal do “jeitinho”. O cliente que chega focado unicamente no preço mais baixo. Ele olha pra uma cadeira robusta, cheia de ajustes, e depois pra uma outra, basiquinha, quase um banquinho com encosto, e diz: “Ah, mas pra ficar sentado umas horinhas, essa aqui dá”. E aí começa meu trabalho de formiguinha. Explicar, sem parecer chato, que o corpo dele não sabe que são “só umas horinhas”. O som que a cadeira faz já entrega muita coisa. Aquela mais simples dá um “clack” seco e plástico quando você ajusta a altura. A boa? Desliza suave, um “shhh” macio, quase um suspiro. A textura também engana. Tem um tipo de tela, um mesh, que parece moderno, mas em seis meses, com o sol forte de BH batendo na janela do escritório, ele resseca, fica áspero e começa a rasgar. O tecido de qualidade tem uma trama mais fechada, você passa a mão e sente a robustez, a promessa de que ele vai aguentar o tranco do dia a dia. Aprender a comunicar isso, o tato, o som, o detalhe que a foto no site não mostra, foi o meu maior aprendizado. Vender uma cadeira de escritório BH é vender uma experiência sensorial.
Mais que vender, é entender: O pulo do gato pra acertar na cadeira
Com o tempo, criei meu próprio método. Deixo o cliente falar. Ele trabalha muito no computador? A dor é mais na lombar ou no pescoço? Ele é alto, baixo, mais cheinho? São perguntas que parecem invasivas, mas são essenciais. E meu conselho número um é sempre o mesmo: “Esquece a foto, esquece o que seu primo falou. Tem que sentar.” Eu insisto. “Senta aí, fica uns minutos. Mexe nos braços, vê se eles apoiam seus cotovelos na altura certa pra digitar. Encosta de verdade, sente se o apoio da lombar tá pegando no lugar certo, naquela curvinha da coluna, sabe?”.
Uma dica prática que sempre dou: feche os olhos quando sentar. Sério. Sem o apelo visual, você foca 100% nas sensações do seu corpo. É aí que você percebe se o assento está pressionando a parte de trás dos seus joelhos, o que é péssimo pra circulação. É quando você nota se o encosto te “abraça” ou te “expulsa”. Eu, pessoalmente, depois de tanto teste, peguei uma preferência por cadeiras de tecido com uma boa espuma injetada. O couro sintético é bonito, imponente, mas no calor de Beagá, a gente acaba grudando, não é mesmo? O tecido respira, a luz bate nele e cria uma textura mais aconchegante, menos fria. É uma escolha pessoal, claro, mas que vem de muita experiência. Achar a cadeira de escritório BH ideal é um exercício de autoconhecimento.
A cadeira certa é quase um abraço: O impacto disso na vida da gente
Hoje, o que mais me dá satisfação não é fechar uma venda grande. É quando um cliente volta meses depois só pra agradecer. “Rapaz, aquela cadeira salvou minha coluna”, “Consigo trabalhar o dia todo sem aquela dor chata no fim do expediente”. Isso, pra mim, não tem preço. Mostra que meu trabalho fez diferença na qualidade de vida de alguém. Porque no fim das contas, não estamos falando de um móvel. Estamos falando de saúde, de bem-estar, de ter energia sobrando pra curtir a família depois do trabalho.
Minha esposa finalmente entendeu minha obsessão quando começou a trabalhar de casa na pandemia e as dores apareceram. Veio toda sem graça: “Amor, preciso da sua ajuda pra escolher uma… cadeira”. Eu só sorri. Foi a validação final. A gente investe tanto em tanta coisa, mas às vezes esquece do básico, daquilo que nos apoia por oito, dez horas por dia. Por isso, se posso te dar um último conselho de amigo, de vendedor que já viu de tudo um pouco: não tenha pressa. Pesquise, teste, converse. A melhor cadeira de escritório BH é aquela que te acolhe, que te permite ser produtivo em paz. E encontrar esse conforto, meu caro, é um baita investimento em você.